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27/01/2025
A Má Vontade de Trump com o Brasil de Lula e do STF
A Má Vontade de Trump com o Brasil de Lula e do STF
Não há fato histórico mais relevante nesta semana do que a posse de Donald J. Trump como presidente dos Estados Unidos da América. Considerada a história pessoal do novo presidente e a superação de obstáculos para que pudesse retornar à Casa Branca, é também um dos fatos mais relevantes deste século XXI. É uma mudança drástica de rota não apenas para os Estados Unidos, mas também para o mundo - e, claro, isso inclui o Brasil.
Donald Trump volta ao poder com propostas arrojadas. Algumas, inclusive, arrojadas até demais. Comprar a Groenlândia, retomar o Canal do Panamá, anexar o Canadá e fazer dele um Estado dos EUA. Mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América. Talvez sejam apenas bravatas, mas Trump não economiza na polêmica. Assim como, em uma de suas primeiras entrevistas, disse que “os Estados Unidos não precisam do Brasil; é o Brasil que precisa dos Estados Unidos”.

É claro que tal afirmação mexe com os nossos brios. Não somente isso: ela também não é adequada, para dizer o mínimo. Há muitos motivos para os Estados Unidos manterem boas relações com nosso país, especialmente do ponto de vista econômico. Compramos muito dos EUA, vendemos muito para os americanos. São importantes parceiros comerciais, para ficarmos apenas nesta área. Mas a declaração de Trump precisa fazer-nos refletir sobre o momento que nós vivemos.

Temos um presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou Trump de nazista e apoiou sua rival, Kamala Harris, poucas semanas antes da eleição. Temos um ministro da Suprema Corte que bloqueou e sequestrou ilegalmente dinheiro das contas de uma empresa americana, SpaceX, cujo principal acionista, Elon Musk, foi incluído ainda irregularmente em um inquérito do STF e hoje é braço direito do presidente. A má vontade com o Brasil não é de graça.

Haverá grande dificuldade, nos próximos anos, de um relacionamento produtivo entre Brasil e EUA. Enquanto a vizinha Argentina, de Javier Milei, tem portas abertas em Washington, o Congresso Americano estuda maneiras de implementar retaliações e restrições aos violadores de direitos humanos no Brasil. E, em vez de buscar amenizar a situação, nossa Suprema Corte dobra a aposta ao vetar a ida de Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, à posse de Donald Trump. Mais um tiro no próprio pé do STF, mais um claro recado do Brasil aos EUA e ao mundo de que a situação pela qual nós passamos não é normal, mas de exceção.

Rumamos assim para meses de tensão entre os Estados Unidos, administrado por quem apoia Israel e quer o fim da guerra na Ucrânia, e o Brasil de Lula - que apoia o Hamas, o Irã e Vladmir Putin. A América Latina, quando lembrada, será dividida entre os países que apostam na liberdade e no desenvolvimento econômico, como é o caso argentino, versus o caos, representado pela ditadura venezuelana, apoiada pelo Brasil de Lula e do PT.

Para quem defende a liberdade e a democracia, é evidente que a vitória de Donald Trump dá motivos de sobra para celebração. Mesmo assim, é também momento de preocupação e vigilância, dado o extremismo do atual governo brasileiro, incapaz de manifestar-se com a tradicional parcimônia da diplomacia brasileira, e um STF já conhecido da atual administração americana como violador de direitos humanos, inclusive de cidadãos americanos

Por : Marcel Van Hattem
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