Luiz Claudio de Oliveira, de 64 anos, mais conhecido como 'Pelezinho da Expoingá', é muito mais do que um rosto familiar nas alamedas do parque de exposições. Com mais de 40 anos de dedicação na feira, ele carrega no sorriso e na memória boa parte da história do evento e de evolução ao longo das décadas.

Pelezinho começou a jornada na Expoingá na década de 70, quando tudo ainda era “mato”, como ele mesmo recorda com carinho. “O escritório era lá em cima, a arena era descoberta, os brinquedos ficavam do outro lado... Vi tudo isso aqui crescer. Não só a feira, mas a cidade”, relembra emocionado.

Antes de cada edição da Expoingá, ele percorre o Paraná levando convites, colando cartazes, fazendo questão de levar pessoalmente o nome da feira a cada canto. É também responsável por recepcionar autoridades, artistas e convidados durante o evento — sempre com simpatia e um olhar atento.

Uma lembrança que guarda com carinho é a de quando conheceu a dupla João Paulo & Daniel, nos primeiros anos de carreira dos artistas. “O João Paulo foi o primeiro cantor que entrou aqui. Toda vez que eu passo por ali, me lembro dele. Eles foram muito gentis comigo”, conta. João Paulo faleceu em 1997, vítima de um trágico acidente de carro, o que torna a lembrança ainda mais marcante.

Este ano, logo nos primeiros dias da feira, Pelezinho passou por um momento delicado: sua bicicleta, companheira de tantas jornadas, sofreu um acidente e precisou ser levada para conserto. Para quem o conhece, sabe que essa bicicleta é mais do que um meio de transporte. “A bicicleta é a minha vida”, confessou com os olhos marejados. A situação o deixou abatido, mas o apoio da equipe e da diretoria trouxe conforto e força para seguir em frente.

Figura querida por todos, Pelezinho é celebrado não apenas pelo tempo de serviço, mas pelo carinho com que trata cada visitante e pela paixão que demonstra pelo evento. “Enquanto Deus me der saúde e a diretoria confiar em mim, estarei aqui. Essa feira é minha vida”, afirma com orgulho.

Para a organização da Expoingá, contar com Pelezinho é mais do que uma honra — é um símbolo da história viva do evento. Seu legado segue inspirando gerações, com humildade, amor e um exemplo verdadeiro de dedicação ao que se faz com o coração.